Moçambique conta 14 anos como membro da Iniciativa de Transparência na Indústria Extractiva e Angola caminha para o segundo ano. Os Comités de Coordenação da ITIE dos dois países iniciaram, em Maputo, uma “maratona” de troca de experiências.
Isabel Chuvambe, Directora Executiva de Moçambique avançou que o objectivo é “criar laços e interacção permanente entre os dois países” que procuram “transformar as suas riquezas em benefícios para as populações presentes e gerações futuras”.
Por sua vez José Malanga, Director Executivo da ITIE-Angola, afirmou que a delegação que chefia, integrada por representantes do Governo, indústria extractiva e sociedade civil, “pretende sair de Mocambique com ideias claras sobre os aspectos que devem ser resolvidos e alinhados aos requisitos da ITIE como os níveis e exigências destinadas aos membros do Secretariado Geral de Angola, a elevação dos níveis de engajamento, alinhamento, comprometimento e determinação dos nossos Estados e instituições vinculadas aos princípios e normas da ITIE”.
António Niquice, Professor da Universidade Joaquim Chissano e autor do livro “Industria Extractiva: bênção ou maldição?”, fez uma apresentação, espécie de aula introdutória, sobre “o melhor aproveitamento dos Recursos Minerais entre os dois Estados”.
Niquice entende que os dois países têm desafios semelhantes em termos de compliance na gestão dos recursos provenientes da industria extractiva e espera que Angola se torne “actor importante entre os países lusófonos detentores de recursos minerais”.